domingo, 17 de janeiro de 2010

TERRAMOTO NO HAITI - 12/1/2010


Nestes dias, a minha fé, tremeu um pouco, não tanto como o terramoto que abalou o Haiti, mas não deixo de me interrogar o porquê de tudo o que está a acontecer.


Vou acompanhando sempre as noticias na esperança de que aquele pobre Povo possa ser socorrido o mais rápido possivel.



Deambulam pelas ruas dum lado para o outro dando a sensação de que já não pertencem a este Mundo. Outros lutam desesperadamente usando,unicamente as mãos, tentando salvar vidas.


Acredito que todos os auxilios que têm sido postos à disposição sejam imensos mas tudo se faz com uma lentidão assustadora.

Já passaram quatro dias, e as noticias são cada vez mais angustiantes, há fome e muita sede, o calor é imenso, a tão falada ajuda tarda a chegar, nota-se que há falta de alguém que oriente para que se consiga travar o caos em que a cidade se transformou.


Os habitantes continuam a tentar salvar vidas.


Hoje viam-se a chegar à sede das Nações Unidas grupos de pessoas trazendo feridos, pois tinham sido informados de que estava a funcionar um Hospital de Campanha, foram mandados embora pois não havia ninguém para os socorrer.


Passado todo este tempo uma equipa da TV Australiana salvou uma criança de um ano, que chorava debaixo duns escombros.

A secretária de Estado Norte Americana Hilary Clinton vem reunir-se com o Presidente René Préval, penso que não deve ser grande lider, pois não tem aparecido.


Fala-se em pilhagens assaltos aos camiões que trazem alimentos, o povo deve estar tão desesperado sem noticias, sem nada que lhes dê uma esperança....

Diz o Embaixador do Haiti em Brasilia "...mais importante do que a ajuda financeira é a intervenção Humanitária" pede Bombeiros, para que possam ajudar a salvar vidas, para mim este pedido não teve eco.


O Haiti esteve sobre o dominio Espanhol e Francês. Em 1804 tornou-se a primeira Républica Independente negra. Não foram felizes, são um dos Povos mais pobres da Terra, têm mais de 200 mil crianças orfãs, devido a desastres naturais que têm vindo a acontecer e à falta de cuidados médicos.


Escrevo tudo isto para vocês, meus netos, com a esperança de que quando forem mais crescidinhos leiam o que vos estou a relatar, falando dum Povo que a vossa avó considera uns verdadeiros Heróis. Perante tanta desgraça, tanta miséria e tanta dôr, não choram e vão buscar coragem, cantando.


Que Deus os acompanhe nesta luta terrivel e que através dos anos consigam uma Vida digna.