quarta-feira, 25 de novembro de 2009

O MEU AVÔ MATERNO



Nasceu na Ilha de São Jorge, de lá cruzou o Atlântico duas vezes, rumo aos Estados Unidos. Não sei precisar a data em que foi residir para a cidade da Horta, já casado e, com quatro filhos. Chamava-se João Silveira Borges Jr., mas para nós era simplesmente o NICAS.

É raro o dia em que não me lembre dele, e já passaram tantos anos!

Nunca foi um Homem daquela época, pois brincava connosco de igual para igual, era um amigo, um companheiro, estando sempre presente nos bons e maus momentos. Lembro-me, nas noites de grandes tempestades em que a minha irmã lhe dizia:"Nicas dá-me a tua mão", e ele ali estava sempre pronto a amparar-nos e ao mesmo tempo a transmitir-nos uma confiança tão grande que eu ainda hoje não sei explicar.

Sinto que com o seu exemplo de bondade nos ajudou muito a seguir na Vida com coragem, determinação e muito Amor.

Nos meus 14 anos, numa manhã, igual a tantas outras, vim vê-lo fazer a barba e pentear o seu bonito e farto bigode. Não sei porquê perguntei-lhe:"Nicas estás a pôr-te tão bonito", não hesitou na resposta: "Sabes minha neta que vou hoje fazer uma grande viagem", confesso que não liguei muito ao que me disse, e o dia continuou. Nessa noite, dia 27/01/1948, deixou-nos para sempre.

Foi nessa altura que conheci ou melhor me encontrei com a palavra SAUDADE. E, mais uma vez aqui estou a meio da noite recordando o meu muito querido Avô Nicas.

Hoje escrevo para os meus netos, oxalá um dia, também possam pensar da mesma maneira, da Bikas (como me chamam ) e do avô Iquis. Eu Acredito que isso irá acontecer.

domingo, 15 de novembro de 2009

Recordando...


Em Setemro de 1934 "cai" no Mundo, no Arquipélago dos Açores, numa Ilha chamada Faial. Tinha á minha espera uma Familia que sempre me acarinhou, amou e, acima de tudo me educou para a Vida que iria enfrentar.

Sobre a minha Mãe nada digo pois, não exitem palavras que a possam descrever.

O meu Pai mais autoritário, mais distante e, sempre com aquele espirito rigido que a tropa o ensinou a seguir. Deu-se com ele um acontecimento interessante: em alferes foi destacado para a Cidade da Horta, para uma comissão de 5 meses, viveu nas Ilhas 25 felizes anos. Tinha o dom da palavra e nos seus discursos referia-se sempre a "duas flores" que tinha do casamento com a Mãe Rosa.

Nunca me esqueço, que um dia por não lhe ter pedido licença para me levantar da mesa, fiquei lá sentada perto de duas horas.

Hoje, eu acredito que era assim que ele tinha sido educado. O respeito que lhe tinhamos era enorme, só quebrado no dia 1 de Abril, nesse dia adorávamos pregar-lhe um "peta".

sábado, 7 de novembro de 2009

Açores onde nasci e onde comecei a ACREDITAR

Estou convosco, penso que não deve existir maneira mais bonita de iniciar um blogue. Estou sempre pensando que a VIDA é feita em ACREDITAR.

Uma música para animar!!!!